Avatar no Metaverso: como criar, importância e tendências para as marcas

Personagens, que representam marcas e personalidades do mundo real em uma realidade paralela, podem ampliar a conexão das empresas com os consumidores de forma humanizada

O avatar no metaverso não é mais uma possibilidade do futuro e sim uma realidade que já está sendo trabalhada pelas empresas e utilizada no cotidiano de algumas pessoas.

A tecnologia ainda está no início de seu desenvolvimento e, portanto, tem muito potencial de crescimento, o que representa uma ótima oportunidade para as empresas.

Segundo a Gartner, uma das principais empresas mundiais especializadas em pesquisa e consultoria em tecnologia da informação, existem 3 fases no metaverso:

Fase 1: Emergindo – é uma fase exploratória que vai até 2024, na qual as oportunidades são limitadas, mas que servirá como base para o desenvolvimento dos estágios posteriores;

Fase 2: Avançado – Entre 2024 e 2027, as oportunidades  para o metaverso devem surgir de forma mais direta e voltada, principalmente, para a camada de conteúdo (dados, informações e fundação do metaverso);

Fase 3: Maduro – a partir de 2028 as oportunidades serão mais claras e fáceis de gerenciar, tanto para organizações quanto para os usuários.

Tudo isso está relacionado aos avatares, que representam empresas e personalidades neste universo de forma pessoal e mais humanizada.

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O que é um avatar?

Um avatar é a representação virtual de uma pessoa. A função de cada avatar criado é representar o seu usuário, seja ele uma pessoa real ou não. O personagem de avatar pode representar a pessoa que o criou ou mesmo uma empresa.

Essa representação mais humanizada da marca é, inclusive, uma tendência entre as empresas que, cada vez mais, estão criando avatares para as representarem no mundo virtual.

Lu, do Magalu é um dos exemplos mais representativos dessa tendência, pois ocupa o primeiro lugar na lista de principais influenciadores virtuais do mundo, com mais de 31,2 milhões de seguidores em todas as redes.

Outros exemplos de marcas que adotaram a tendência são Casas Bahia, com o CB, a Natura, com a Nat, a Samsung, com a Sam, a Moça do Leite Moça, dentre outros.

A relação entre os avatares e o metaverso

No mundo virtual, avatar é uma personalidade que integra o metaverso e representa uma personalidade dentro desse meio.

Um avatar vai muito além de um mero espectador: ele é o agente que contribui para o desenvolvimento da realidade virtual no qual está inserido. O lugar onde os avatares habitam, juntamente com as suas características, é o que recebe o nome de metaverso.

Trata-se de uma realidade paralela que ocorre entre o mundo real e o virtual e é o meio que permite as interações de avatares no metaverso.

Um avatar, ao ser inserido no metaverso, tem o mundo aos seus pés. Ele pode desenvolver atividades que são comuns à vida real, como trabalhar, estudar e ter uma vida social interagindo com demais avatares.

Pode ainda realizar negócios de compra e venda, movimentações bancárias, investimentos em criptomoedas, interações em games, fazer e divulgar anúncios, projetar, construir, etc.

Um dos diferenciais do metaverso é o fato de que ele está além da barreira geográfica. Em questão de instantes é possível, por exemplo, realizar um negócio entre empresas de outras nacionalidades, a partir da interação de seus avatares.

Assim como um CNPJ caracteriza e identifica uma empresa no mundo dos negócios, o Avatar no metaverso tem essa função. A grande diferença, no entanto, é que um número é essencialmente abstrato, enquanto o Avatar é um personagem que interage e possui vez e voz.

O Avatar pode tirar uma empresa do campo abstrato dos números e facilitar a conexão com o cliente. Com ele, é possível expressar melhor a identidade e a personalidade de quem o representa, construindo vínculos mais humanos com outras personalidades.

Assim como no mundo real, no mundo dos avatares, existem empresas, mundo business, agentes bancários e entretenimento, que vai desde um game até um show de um artista.

Como as marcas podem criar um avatar no metaverso?

A tecnologia para criar um personagem no metaverso é recente, por isso, muitas empresas ainda estão se adaptando a ela.

Confira um passo a passo de como fazer um avatar no metaverso:

Escolher o aplicativo de criação

Atualmente, várias plataformas permitem a criação de avatares no metaverso, inclusive as mais conhecidas e utilizadas, como o Instagram e o WhatsApp.

No entanto, apesar de este ser um primeiro passo dos apps para a entrada no metaverso, ainda só é possível utilizar esses avatares dentro dos respectivos apps.

Por isso, se uma empresa quer marcar presença no metaverso, pode ser necessário criar o avatar a partir das plataformas certas. Dentre as mais utilizadas estão a Decentraland e a The Sandbox.

E, vale destacar, os avatares criados dependem da plataforma que será usada para acessar o metaverso.

Para criar pelo celular, por exemplo, o software Zmoji é uma opção que funciona tanto para Android quanto para iOS.

Também já existem empresas no Brasil que desenvolvem Avatares personalizados para marcas, famosos e usuários.

Customizar o Avatar

Ao optar por criar o Avatar no metaverso, é necessário customizá-lo, de acordo com as características de quem ele vai representar.

No caso de empresas, é possível personalizá-lo, sempre levando em conta o público-alvo que a marca quer atingir, seja no mundo real ou no virtual.

A Casas Bahia, por exemplo, há alguns anos tinha como representante da marca o Baianinho, uma figura caricata.

Após a reformulação do personagem, a figura que agora passa a ser o avatar da empresa é o CB, um adolescente que teve uma boa aceitação tanto do público jovem quanto do público mais velho.

Começar a utilizar

Os avatares no metaverso criados pelas marcas podem ser usados para criar conexão com as pessoas.

Muitas marcas já estão criando experiências para os seus clientes dentro do metaverso e até parcerias com famosos dentro desse ambiente.

A apresentadora Sabrina Sato, por exemplo, já tem o seu avatar no metaverso, a Satiko e lá dentro, já firmou parcerias com empresas como a Coca-Cola e a Renner.

No e-commerce, a ideia é que em breve as empresas possam criar ambientes comerciais, onde os consumidores possam visualizar e testar os produtos antes de adquiri-los.

No mundo real, uma pessoa pode ir às compras, entrar no supermercado favorito, escolher e apanhar seus produtos direto das gôndolas para o carrinho.

É uma simples e necessária atividade do seu dia a dia, não é? Pois bem, com o avatar no metaverso, é possível fazer compras exatamente da mesma forma.

Um lojista, por exemplo, pode construir sua loja virtual e expor seus produtos à vista e com melhor acesso, com o grande diferencial de alcançar clientes que não estão limitados pela barreira geográfica.

As possibilidades tendem a se ampliar com o tempo, de maneiras ainda não pensadas atualmente.

 

Qual a importância de um avatar no metaverso?

O metaverso e seus avatares fazem parte da grande revolução que estamos vivenciando. Trata-se da quarta revolução industrial, que vem integrando um conjunto de diversas tecnologias diferentes numa mesma unidade.

Ao que tudo indica, essa nova ferramenta vem para revolucionar, mais uma vez, a forma de se comunicar no mundo virtual.

Ele é o futuro, mas já está em pleno desenvolvimento. O avatar no metaverso tende a tornar a experiência do consumidor mais imersiva e permitir que ele explore novas áreas dentro das marcas.

Eles podem ser usados para a diversão, mas também para o trabalho e para novas experiências de compra. Será possível, inclusive, fazer chamadas como se fossem de vídeo, porém com os avatares no metaverso, como se estivessem frente a frente num mesmo ambiente.

O avatar no metaverso consegue interagir e alcançar pessoas que poderão se tornar futuros clientes, justamente por serem personagens que mantêm uma conexão pessoal.

A empresa que deseja transmitir a sua credibilidade para um futuro cliente, pode se valer dessa interação entre a pessoa real e os avatares no metaverso.

A partir deles, uma empresa real pode imergir no ambiente virtual de forma realista, ou seja, com as reais características da empresa e valores transmitidos por ela.

Identidade

Em várias plataformas do metaverso, como a Decentraland e a TheSandbox, cada avatar é único e pode até fazer parte de uma coleção NFT.

Chama-se de NFT a representação digital de um ativo real, e ele representa um bem considerado único.

Muitos avatares são também NFTs e, por isso, possuem um valor financeiro no mundo virtual e no mundo real.

Humanização da marca

Atualmente, grande parte das marcas, especialmente as médias e pequenas empresas, podem se sentir um pouco fora da realidade de avatar no metaverso. Mas mesmo com um dispositivo como um celular, já é possível experimentar e testar algumas coisas.

Ao criar um avatar no metaverso, o que está sendo feito é criar uma representação da marca, em um formato mais pessoal e uma aparência mais humana (independente se ele parece ou não com um ser humano).

A novidade do momento é que vários dados praticamente abstratos aos nossos olhos estão reunidos para caracterizar um avatar que pode representar pessoas e marcas no mundo do metaverso, e dar vez, voz e identidade a esses perfis.

De acordo com o Sebrae, uma das dicas para empresas menores é ficar de olho nas mudanças de comportamento dos consumidores e em como a avatarização das marcas pode trazer uma experiência mais satisfatória para os clientes.

Interação

Uma das principais características dos avatares no metaverso é que eles possuem liberdade de movimentação dentro de diferentes áreas e isso oferece a eles uma grande possibilidade de interação.

Atualmente, já é possível fazer reuniões dentro das empresas a partir da interação dos avatares dos colaboradores, em um ambiente totalmente virtual.

Há alguns anos, só era possível pensar em uma reunião com todas as pessoas presentes, fisicamente, em uma mesma sala.

Depois disso, passaram a existir as reuniões com câmeras de vídeo, integrando com isso o mundo físico e o mundo virtual.

Hoje, com as novas ferramentas que o metaverso vem desenvolvendo, é possível participar de reuniões com o avatar no metaverso, com maior liberdade de movimentação, expressão e compartilhamento de dados.

Até mesmo shows virtuais estão acontecendo por lá. Luiza Possi foi uma das primeiras cantoras a fazer uma apresentação em um ambiente virtual, por meio de sua avatar Luz.

Os fãs da cantora puderam ter acesso ao evento por meio de óculos de realidade virtual. Já a cantora contou com roupas com sensores de movimentos e a medida em que ela cantava e dançava no mundo real, isso era repassado ao ambiente virtual.

Integração digital

A presença do avatar no metaverso possibilita a interação de um único avatar com empresas, ativos e outras personalidades. O avatar de uma marca pode marcar sua “presença” em diferentes plataformas.

Durante um evento recente, a Meta, dona do Facebook, anunciou que está investindo em uma nova geração de avatares do metaverso, com melhorias na expressão facial, e avatares no metaverso de corpo inteiro com rastreamento das mãos, das pernas e dos pés.

Futuro dos Avatares no metaverso para as marcas

Imagine uma cidade projetada sendo construída. No início é deserto, mas aos poucos as ruas e as construções vão ganhando forma e as pessoas começam a habitar esse espaço. Com o passar do tempo tudo vai se consolidando, mas sempre com possibilidade de evolução.

No metaverso é mais ou menos esse processo que vem se desenvolvendo. A “cidade” do metaverso está em fase de construção, ainda com poucos avatares a habitando, mas com uma perspectiva de desenvolvimento.

Segundo a Gartner, empresa mundial especializada em pesquisa e consultoria em tecnologia da informação, o metaverso só vai atingir a sua maturidade por volta de 2028, o que indica que há muito o que evoluir.

Algumas marcas já estão surfando nessa tendência e aproveitando as oportunidades que esse universo tem proporcionado.

No dia 8 de março de 2023, por exemplo, a Leite Moça reuniu a Moça e várias avatares femininas virtuais brasileiras para falar sobre a representatividade nos avatares em uma live no Instagram.

O evento aconteceu no Dia Internacional da Mulher e também reuniu mulheres reais para falar sobre sororidade, empreendedorismo feminino e diversos outros assuntos.

A Moça existe há 100 anos. No início, quando sequer o termo avatar era conhecido, a sua imagem já existia em formato 2D e acompanhava o leite condensado até a mesa dos brasileiros, dando a ela uma característica mais humanizada.

Hoje, a atual versão em forma de um avatar em 3D agregou às características anteriores a possibilidade de interação com as mais diversas pessoas.

Neste caso, a Moça pode interagir com o avatar de pessoas algumas famosas que entraram para o metaverso com seus avatares, como Sabrina Sato, com a Satiko; Deborah Secco, com a Deby Dry; Ticiane Pinheiro, com a Tarcilla; Luiza Possi, com a Luz e outras.

CEO Bianca Andrade também é um exemplo de personalidade que lançou seu avatar no metaverso e pretende explorar os espaços que a nova tecnologia tem a oferecer para o desenvolvimento da sua marca Boca Rosa Company.

Afinal, vale a pena investir nos avatares no metaverso?

O metaverso é uma tecnologia que está começando a dar seus primeiros passos e os avatares são a representação real das empresas por lá.

Apesar de ainda parecer um tanto camuflada, ou tímida, tudo indica que ela tende a ganhar muito espaço na vida das pessoas que já integram esse mundo paralelo da cibernética.

Para as marcas, a criação de avatares é uma forma de se aproximar ainda mais de seus consumidores e de se fazer real mesmo em um ambiente cada vez mais virtual.

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Fonte: Meio & Mensagem

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