Na maioridade, Galinha Pintadinha evolui conteúdos e tendências

Com produção de novo filme, marca explora oportunidades oferecidas pelos streamings e redes sociais para acompanhar novas gerações

Considerada uma das personagens mais presentes no cotidiano das crianças, a Galinha Pintadinha já soma 18 anos de história. Ao longo de sua trajetória, a marca vem se adaptando às mudanças tecnológicas, bem como vem tentando acompanhar as demandas apresentadas pelas novas gerações.

A personagem possui mais de 30 produtos licenciados em categorias que vão de higiene e vestuário aos clássicos brinquedos, que atualmente possuem aproximadamente 350 skus – unidades de manutenção em estoque. A agência Redibra realiza a negociação dos licenciamentos de seus artigos, com um trabalho contínuo de apresentar possíveis parcerias e participações em eventos.

Em março, a personagem esteve na feira de brinquedos Abrin, que aconteceu em São Paulo, onde foram lançados 21 novos produtos. Em parceria com a Softys, marca de fraldas, a Galinha Pintadinha pretende lançar uma nova linha de produtos infantis.

Galinha no cinema

No momento, além dos licenciados, a marca está focada na produção do longa-metragem da personagem, que tem previsão de lançamento entre 2025 e 2026, e planeja expandir para produtos com a temática.

“Apesar do mercado do audiovisual ser um meio arriscado, estamos investindo na produção do longa e buscando patrocínios e leis de incentivo”, comenta Juliano Prado, CEO da Galinha Pintadinha. “Teremos novos personagens e uma estética tridimensional, queremos então sincronizar o lançamento dos produtos com o filme, algo que já é bem comum no mercado”, complementa.

Com altas expectativas, o profissional explica que o público-alvo do filme não será apenas aqueles que já consomem, de alguma forma, o conteúdo da personagem. “Apesar de ser da Galinha Pintadinha, não é preciso conhecer a personagem para assisti-lo. Estamos produzindo o longa com a possibilidade de atingir um nível internacional, por isso criamos uma história mais universal”, conta Prado.

Para a estreia do filme, o CEO explica que apostará nas redes sociais e no canal no YouTube para divulgá-lo. “Começaremos esse trabalho mostrando os bastidores e como está sendo a produção, com o uso de ferramentas de interação como enquetes, para aproximar ainda mais o público”.

Galinha e o consumo digital

Apesar do YouTube ser um dos seus ambientes mais proeminentes, com o surgimento dos streamings e do consumo digital, a Galinha Pintadinha teve que adaptar as suas estratégias. Entre a variedade de produtos oferecidos pela marca, o que mais se destacam são os videoclipes e as músicas, que também estão disponíveis na Netflix e Prime Video.

“Esses são os nossos principais conteúdos, mas temos também uma série de contação de história e outra que chamamos de ‘Dance com a Galinha Pintadinha’, que é um videoclipe no estilo do videogame Just Dance”, menciona o CEO.

Muitas das criancinhas que consumiram os conteúdos da Galinha no começo de sua história já cresceram. Por isso, a marca busca acompanhar as mudanças apresentadas pelas diferentes gerações. “Nossa audiência continua muito forte, então percebemos que a marca se tornou um clássico”, afirma o CEO.

Como estratégia para ampliar seu público, a Galinha Pintadinha também tem apostado em entretenimento nas sociais para os pais. Em um de seus canais extras, chamado Ninho das Mães, é disponibilizado uma série de conversas abordando diferentes questões, como dicas de maternidade. Já no Tiktok, a marca apela para as trends do momento, que gera visualizações de usuários na faixa etária de 20 a 24 anos.

Para lidar com essas diferentes demandas, a Galinha Pintadinha conta com um departamento específico para criação de conteúdo e para produção de marketing.

18 anos de trajetória

A carreira da Galinha Pintadinha já conta com cinco DVDs musicais, com primeiro lançamento feito em 2008, dois anos depois de sua criação. A estratégia inicial foi disponibilizar vídeos gratuitos no YouTube. Ao final de cada clipe, uma chamada convidava os espectadores a comprarem os DVDs com mais videoclipes.

Esse ciclo durou até meados de 2014, quando o consumo da mídia começou a cair e os streamings começaram a ganhar força. A partir disso, iniciou-se um processo de transição e licenciamento de produtos para os streamings, até que a produção do formato de DVD se extinguiu totalmente após a marca registrar a venda de 3,2 milhões de cópias dos exemplares.

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Fonte: Meio & Mensagem

 

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