Perfil de pessoas
A comunidade global de licenciamento é alimentada por um grupo incrível de profissionais cujas diversas formações e energia criativa impulsionam a inovação e a excelência. Cada semana traçaremos o perfil de um desses profissionais nesta série contínua.
O recurso é publicado semanalmente em nossa News e compartilhado em nossas redes sociais.
Rosaria de Fatima da Silva
Diretora de Licensing e Marketing
Wind Licensing Assessoria & Marketing
- Como você entrou no licenciamento (ou como o licenciamento encontrou você)?
Eu diria que foi o licenciamento que me encontrou. Após 9 anos na área de marketing de uma das maiores fabricantes de bicicletas do país na época, onde atuei em diversos setores — desde campanhas promocionais e desenvolvimento de produtos até a organização de eventos, convenções e seminários —, construí uma base sólida em estratégias de comunicação e branding. Minha transição para o licenciamento ocorreu através da Mauricio de Sousa Produções, e de forma quase que simbólica o primeiro contrato de licenciamento que negociei foi justamente com o produto com o qual tinha trabalhado as bicicletas, conectando minha experiência anterior com esse novo trabalho.
- Qual é a sua rotina na posição atual?
Hoje, com minha própria agência, após mais de 20 anos no mercado de licenciamento, onde já trabalhei com uma diversidade de marcas, desde o infantil ao esportivo, minha trajetória me levou a abrir caminho para me especializar em marcas brasileiras. Esse nicho diferenciado, composto em sua maioria por marcas originárias do mercado editorial, já conquistaram o público e abordam temas que, apesar de atuais, já vêm sendo propostos há anos, como sustentabilidade, ecologia e bullying e, ainda que seja um desafio de mercado, vejo um grande potencial, especialmente com a qualidade crescente das produções e animações brasileiras, que ganham cada vez mais destaque nas plataformas de Streaming e no You Tube.
- Qual é a sua maior realização pessoal ou profissional?
Profissionalmente, o licenciamento me proporcionou a oportunidade de conhecer diversas empresas e adquirir um vasto conhecimento sobre a fabricação de diferentes produtos, com destaque para a área de brinquedos, onde iniciei minha trajetória. Uma das experiências mais marcantes foi a minha primeira visita à Brinquedos Estrela, a fabrica dos sonhos de toda criança, que sempre ficará na memória. Além disso, tive a chance de aprender sobre a produção de desenhos animados, uma área que sempre me fascinou.
No pessoal, foi uma longa viagem feita pela Europa, conhecendo diversos países e lugares cativantes e apaixonantes.
- Quais são as tendências ou mudanças mais significativas que você viu no negócio nos últimos anos?
Apesar da força que as marcas tradicionais e internacionais ainda exercem, sustentadas por um trabalho sólido de marketing e divulgação, temos no Brasil diversas marcas e personagens nacionais que vêm ganhando cada vez mais destaque. Desde clássicos até as novas animações e os influenciadores digitais, essas marcas vem se consolidando e ganhando espaço no mercado de licenciamento, abrindo portas para outras marcas brasileiras. Como resultado, vemos várias empresas licenciando e reforçando seus portfólios de produtos com as criações nacionais, fortalecendo a presença de nossas marcas em seus produtos.
- O que te mantém acordado à noite? Qual é o seu maior desafio atualmente?
O que me mantém acordado à noite é uma boa leitura ou um excelente filme para relaxar. Meu maior desafio atualmente é o licenciamento das marcas brasileiras, pois acredito que elas possuem um grande potencial e oferecem valor ao abordar temas relevantes, como sustentabilidade, ecologia e preservação ambiental. Contando com livros, animações e produtos sustentáveis elas já vem chamando a atenção do público. Minha missão é levantar essa bandeira e mostrar às empresas a força e o potencial de nossas marcas e personagens, com propostas e negociações diferenciadas.
- Na sua opinião, qual é a principal habilidade que todo executivo de licenciamento deve ter para ter sucesso?
Acreditar no potencial do mercado e nas marcas com as quais se está trabalhando é fundamental. É essencial saber pesquisar, negociar, diversificar e elaborar um planejamento eficaz. Este mercado exige criatividade, paciência e aprendizado constante, já que as respostas para fechar negociações dependem de uma variedade de fatores. No entanto, há sempre a convicção do potencial de marca.
- Qual foi o melhor conselho que você já recebeu ou qual é a sua frase favorita?
O conselho foi: “Acredite no seu potencial e nunca duvide de que você pode conquistar o que deseja.” Além disso, uma frase que me acompanha há muitos anos e que orienta meu trabalho é: ‘Lutar, sempre. Vencer, talvez. Desistir, jamais.” Essas palavras me motivam e me lembram da importância de que acreditar no meu potencial é fundamental para alcançar os objetivos pessoais e profissionais.
Essa crença não apenas impulsiona minha autoconfiança, mas também serve como motivação para enfrentar os desafios e superar obstáculos. Quando nos permitimos reconhecer nossas habilidades e talentos, nos tornamos mais resilientes, prontos para enfrentar adversidades e buscar oportunidades de crescimento.
Além disso, acreditar no próprio potencial estimula a busca pelo aprendizado contínuo. Em um mundo em constante transformação, a disposição para se desenvolver e aprimorar é crucial. Essa mentalidade de crescimento nos leva a investir em educação, adquirir novas habilidades e nos adaptar às mudanças. Por fim, a crença em nosso potencial inspira outros ao nosso redor. Quando demonstramos confiança em nossas capacidades, influenciamos positivamente colegas, amigos e familiares, criando um ambiente de apoio e colaboração.
- Qual é o seu case de sucesso favorito no licenciamento?
As mantinhas que licenciei com a Jolitex para as marcas do Palmeiras, Santos e Corinthians foram um marco e um sucesso de vendas, foi antes de os clubes decidirem assumir o controle do seu próprio licenciamento. Um produto pelo qual tenho muito carinho e até hoje tenho uma dessas mantinhas.
- Se você não estivesse no mercado de licenciamento, o que estaria fazendo agora?
É difícil imaginar minha vida longe desse mercado. Após um ano afastada, retornei a convite de Sebastião Bonfá, com quem já havia trabalhado na Mauricio de Sousa Produções. Na época, disse a ele que esse trabalho é um vício. Se não estivesse no licenciamento talvez já tivesse retornado ao departamento de marketing de alguma empresa novamente ou então teria ido trabalhar em alguma produtora.
- O último produto licenciado que comprei foi… ?
Uma camiseta com a marca Cobra D’água que comprei para presentear uma pessoa. Um produto de excelente qualidade.