O Fornite, jogo online que reúne milhares de gamers ao redor do mundo, para levar para o ambiente virtual de um jogo o conflito socioambiental enfrentado por povos indígenas traz um novo desafio para os players com o Mapa Originário, o primeiro mapa de terras indígenas no game em que os jogadores entram em ação para proteger a floresta e agir em defesa dos povos originários.
A plataforma combina entretenimento e mobilização social para despertar nos jovens o engajamento em causas relevantes e de impacto internacional. Ainda que seja no território virtual, os jovens se manifestam, engajam e lutam.
Entre os desafios da realidade adaptados ao contexto do jogo, estão apagar o fogo da floresta, eliminar as máquinas de madeireiros ilegais, expulsar garimpeiros, replantar árvores nativas, limpar os rios, além do desafio Death Run, com obstáculos que foram construídos na floresta.
O mapa está disponível para toda a população do mundo através do código (6145-4566-3744) que está exclusivamente no site www.sosamazonia.org.br . Na landing page especial, a ONG explica sobre o projeto e busca engajar a nova geração na luta por proteção das florestas e demarcação das terras indígenas, assim como o envolvimento e doações para o projeto “Jovens Comunicadores” que desenvolve ações de comunicação dentro dos territórios indígenas a fim de desenvolver habilidades dos jovens para utilização das ferramentas de comunicação e difusão de temas como justiça climática, racismo ambiental, território e Amazônia, aumentando o impacto e alcance de suas mensagens.
O projeto é assinado em parceria com a Federação do Povo Huni Kui do Acre, mas não representa uma etnia específica e, sim, cria uma representação de conflitos comuns vivenciados por diversos grupos indígenas da Amazônia. O jogo traz ainda informações sobre a floresta, sustentabilidade, reconhecimento da fauna e flora nativas e do trabalho desenvolvido pela ONG SOS Amazônia, parceria na divulgação do jogo. O link de acesso ao jogo está também disponível no site sosamazonia.org.br.
A Constituição Federal de 1988 garante o direito da demarcação de terras indígenas, estabelecendo o limite dos territórios e concedendo aos indígenas o direito à posse e uso exclusivo de suas terras, a partir de seu direito originário. Porém, os últimos anos no Brasil mostraram que esse direito assegurado pela Constituição está longe de ser realidade, com políticas e discursos contrários aos interesses indígenas e aumento expressivo nas taxas de desmatamento, garimpo ilegal, violência contra a população agroextrativista e invasão às terras indígenas.
O retrocesso contra a população originária precisa da atenção e do ativismo de toda a população, principalmente da geração Z, que são os jovens nascidos na era digital e que mais sofrerão com as mudanças climáticas no futuro.
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Fonte: Promoview