No Brasil, são mais de 50 licenciados que produzem itens da franquia em diversos segmentos; Disney aposta em expansão
Jedis, siths, sabres de luz e naves espaciais. Que a força esteja com você, que é fã de Star Wars desde que a franquia começou, ou que cresceu assistindo aos filmes influenciado por algum parente ou amigo. Neste sábado, 25 — Dia do Orgulho Nerd ou Dia da Toalha — completam-se 47 desde o lançamento do primeiro título da saga, “Star Wars: Uma Nova Esperança“, que chegou aos cinemas em 1977. Mas de lá para cá o cinema se tornou uma pequena parte do que a marca representa.
O que era apenas um filme sobre a jornada do herói galáxia afora, com a história de Luke, Leia e Han Solo, se tornou uma das marcas mais rentáveis de todos os tempos. O conteúdo audiovisual — que só nos cinemas já arrecadou mais de U$ 10 bilhões — é uma ínfima parcela do montante total que a marca arrecada anualmente com seus parques temáticos, restaurantes, brinquedos, roupas e acessórios. O próximo passo, seguindo a estratégia da Disney, é tornar Star Wars em um estilo de vida.
“Essa é uma base muito sólida de consumidores que continuam consumindo tudo o que faz parte do universo da marca”, comenta Mara Ronchi, head de Disney Consumer Products, em entrevista à EXAME. “São pessoas que estão sempre antenadas ao novo sem deixar de lado a fantasia e a diversão”.
Como a Disney trabalha o estilo Star Wars de ser
Trabalhar um estilo de vida a partir da franquia é um dos desejos da Disney nos últimos anos. Lançamentos de roupas, acessórios e itens para casa, por exemplo, é uma das estratégias. A oferta de novos eventos e lugares temáticos é outra. Tudo para que a marca esteja sempre ali, presente no dia a dia, seja em uma estampa na camiseta de algum fã ou em um chaveiro no molho de chaves.
Lojas licenciadas de Star Wars no Brasil vendem itens que não só são decorativos como também úteis. Vão além de vestuários e se encaixam em roupas de cama, panelas, copos, carteiras, papéis de parede e tudo o que fizer mesmo que a mais minimalista menção à franquia. Segundo Ronchi, são mais de 50 licenciados que produzem itens da franquia em diversos segmentos, totalizando mais de 2.500 SKUs por aqui. E a ideia é expandir.
“Queremos continuar a posicionando Star Wars como uma franquia de lifestyle através do desenvolvimento de produtos e outras iniciativas”, acrescenta ela.
‘The Mandalorian & Grogu’: história do ‘baby Yoda’ e mandaloriano vai virar filme
Se nos Estados Unidos o forte é visitar a área temática dos parques da Disney dedicados à franquia, o Star Wars Galaxy’s Edge, no Brasil, os eventos são mais focados em parceiros que licenciam produtos. Mas ter marcas parceiras é apenas uma parte do projeto. Em 2024, a marca passou a investir ainda mais na presença em eventos com influenciadores para propagar seu “estilo Star Wars de ser”.
A franquia participou do tradicional Baile da Vogue, com o tema Galáctika, na qual colocou criadores de conteúdo com looks exclusivos inspirados em Darth Maul, Chewbacca e Princesa Leia. No dia 4 de maio — Dia de Star Wars —, também realizou eventos espalhados pelo Brasil em shopping centers, parques e outdoors.
“A base de consumidores é composta, em sua maioria, por homens com idade entre 30 e 50 anos. Entretanto, queremos ir além e atingir outros públicos. Criamos estratégias, iniciativas e campanhas que possam aproximar a franquia de quem não necessariamente já assistiu aos filmes e séries ou leu os livros, mas que já possuem uma certa afinidade com o universo, principalmente com estes personagens tão icônicos “, pontua Ronchi.
Cinema em conjunto com produtos
Ainda que a marca esteja focada em crescer sua base de consumidores no Brasil, os lançamentos no cinema e no streaming têm sido fundamentais para que a marca continue relevante. “Mandalorian”, que tem no elenco o tão famoso Pedro Pascal, é um dos exemplos que relançou a franquia na mídia e fez com que novos fãs se aproximassem.
“É uma série que estourou a bolha dos fãs de Star Wars, alcançando uma grande quantidade pessoas, e que também trouxe novos personagens que encantaram o público – como o Grogu, ou Baby Yoda, que todos se apaixonaram”, compartilha Ronchi. “O lançamento de novas produções da saga tem ajudado a criar uma abertura maior entre novos públicos, sendo uma oportunidade para expandir a franquia”.
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Fonte: Exame