Rede viu quase se esgotarem unidades da Mansão da Barbie, que custa R$ 2.799, e shopping registra crescimento no faturamento
Ruth Handler, cofundadora da Mattel, criou Barbie ao perceber que sua filha Bárbara gostava de brincar com bonecas de papel que trocavam de roupa. Até então, todas as bonecas tinham aparência de bebês, e uma das de papel era das únicas com feição mais próxima à de uma adolescente. Depois da estreia do filme “Barbie”, nesta quinta (20), nos cinemas cariocas, as lojas de brinquedo da cidade estão vendo as caixas registradoras tilintarem com a venda de bonecas e de todo o tipo de itens relacionados a ela. Na Toyboy, que tem 19 lojas espalhadas pelo Rio e por Niterói, as vendas de itens inspirados em Barbie aumentou 30% de ontem para hoje. Mesmo diante dos preços elevados, a demanda é alta. Em toda a rede carioca, neste momento, só há mais seis mansões da Barbie, que custam R$ 2.799, cada, para vender. Já na Ri Happy, maior rede varejista de brinquedos do Brasil, a venda dos produtos da boneca aumentou 50%, se comparada a última semana de junho a esta semana, conta Elisabeth Guimarães, compradora sênior da marca.
O comércio se preparou para esse boom. Segundo Josilene Nascimento, supervisora das lojas Toyboy, há dois meses houve uma reunião e a gerente de compras da empresa aumentou o número de pedidos licenciados pela Mattel com o nome Barbie.
— As vendas de ontem para hoje superaram as nossas expectativas, mas temos bastante produtos para vender porque já esperávamos esse aumento na procura. Após o lançamento, esperamos que o pico de vendas dure dez dias. Mas os dois primeiros sempre são ímpares.
Quando lançada, a boneca foi definida como a “modelo teenager vestida na última moda”. Hoje, Barbie é reconhecida como um ícone fashion mundial. Não só o mundo dos brinquedos embarcou na onda batizada de Barbiecore. Há também produtos de beleza, roupas, sapatos e acessórios inspirados na boneca. Para Juliana Haddad, gerente de marketing do Botafogo Praia Shopping, é visível o aumento de fluxo e vendas no shopping desde que começou a temporada de divulgação do filme:
— Estamos observando um aumento de fluxo de 20% em comparação ao mesmo período do ano passado. Nosso fluxo já era bom nesta época por causa das férias escolares. Mas este ano está surpreendente! Nossos lojistas estão muito satisfeitos com as vendas de produtos relacionados ao filme. Estimamos um aumento de 15% nas vendas totais por causa da tendência Barbie — afirma Juliana.
A C&A lançou uma coleção inspirada na boneca. Segundo Mariana Moraes, diretora de marketing da C&A, a marca de roupas se orgulha de colaborar com Barbie, uma figura que há décadas tem inspirado crianças e adultos a explorarem a moda e a se expressarem por meio dela:
— A Barbie é um ícone que acompanhou a evolução da moda e da sociedade, nunca deixando de ser independente e com seu estilo próprio. Nossa colaboração busca capturar essa essência —diz Mariana.
A Picadilly lançou também uma linha composta de sandálias, scarpin, tênis, mocassim, sapato estilo Mary Jane e sapatilha bailarina, tudo com um símbolo da Barbie.
A Mattel, claro, comemora os bons resultados de seus produtos no comércio.
— Estamos trabalhando para que 2023 seja o ano mais pink, com a missão de ampliar a divulgação do filme “Barbie” ao lado de parceiros estratégicos, para nos conectarmos com os fãs de todas as idades no Brasil, trazendo nostalgia, diversão, inclusão e diversidade, propósitos da nossa marca — diz Angel Hidalgo, diretor de licenciamento da Mattel na América Latina.
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Fonte: O Globo