Birkenstock terá como investidor-âncora a firma de investimentos de Bernard Arnault, da LVMH

Depois de ter ganhado o mundo em uma publicidade no filme da Barbie, a fabricante alemã de chinelos de luxo Birkenstock está se preparando para ir à bolsa. A empresa, que deve abrir capital na semana que vem em Nova York, está mirando um valuation de cerca de US$ 11 bilhões, aproveitando a janela de IPOs lá fora.

O montante envolve uma faixa de preço por ação entre US$ 44 e US$ 49, o que representa um patrimônio de US$ 8,3 bilhões a US$ 9,2 bilhões, e adiciona ainda mais US$ 1,6 bilhão de dívida líquida. Entre os investidores-âncora, devem estar o fundo soberano da Noruega e a firma de investimentos de Bernard Arnault, bilionário francês que é considerado o homem mais rico do mundo e é dono da LVMH, conglomerado que detém marcas de luxo como Louis Vuitton e Christian Dior.

A Birkenstock, que se posicionou no filme como um calçado funcional e confortável para mulheres do mundo real, divide opiniões nas redes, e há quem considere que a estética não é o forte dos modelos. A companhia, controlada pelo private equity L Catterton, teve receita de 1,12 bilhão de euros em nove meses, alta de 21% em comparação a período equivalente anterior. O Ebitda, por sua vez, atingiu 387 milhões de euros, avanço de 16%.

Estimativa da Reuters aponta que, em 12 meses até setembro, a companhia deve ter alcançado um Ebitda de US$ 545 milhões, na conversão para a moeda americana. No valuation que a Birkenstock está buscando, isso representa um múltiplo de 18 a 20 vezes, acima dos 15 vezes da LVMH e dos 6 a 7 vezes de marcas de calçados como Crocs e Dr. Martens.

A margem Ebitida de 35% está alinhada à de outros nomes de luxo, mas que, em termos de valuation, há mais semelhanças com marcas esportivas como a Nike, que opera a um múltiplo de 18 vezes e margens menores.

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Fonte: Pipeline