Heitor Nogueira, Diretor Comercial da Redibra
1-Como você entrou no licenciamento (ou como o licenciamento encontrou você)?
Em 2008, participei de um processo seletivo para uma vaga de estágio em uma multinacional — e só descobri que era a Turner quando já estava entre os três finalistas. Fui o escolhido e comecei a trabalhar com consumer products para o Cartoon Network. Lembro que, quando a diretora da área me comunicou que eu havia sido o selecionado, ela disse: “Se o bichinho do licenciamento te picar, você não sai mais desse mercado.” Aqui estou, desde então!
2-Qual é a sua rotina na posição atual?
Minha rotina como diretor comercial envolve a análise da performance dos nossos contratos, observação constante do mercado e, de certa forma, tentar antecipar tendências. Também participo de reuniões estratégicas com clientes, sempre com o foco em identificar oportunidades de crescimento e expansão das marcas que representamos. Dedico tempo ao meu time e ao alinhamento dos processos internos, pois acredito que processos bem definidos têm um impacto direto na performance.
3-Qual é a sua maior realização pessoal ou profissional?
Profissionalmente, é ver a longevidade de vários negócios que fechamos, conectando licenciadores e licenciados. Pessoalmente, construir uma carreira sólida e trabalhar com um time engajado e apaixonado pelo que faz é algo que me orgulha profundamente.
4-Quais são as tendências ou mudanças mais significativas que você viu no negócio nos últimos anos?
É impossível não citar o crescimento da participação dos produtos licenciados nas categorias de beleza e alimentos. Outra vertical que temos acompanhado de perto é o LBE (Location-Based Entertainment), que abre novas possibilidades de experiência e conexão entre marcas e público.
5-O que te mantém acordado à noite? Qual é o seu maior desafio atualmente?
Forecast… rsrs..e olha que eu durmo super pouco por noite. Brincadeiras à parte, como diretor comercial, e acredito que nem poderia ser diferente. O que me mantém acordado à noite são os pensamentos em torno do que talvez estejamos deixando de fazer, o que não estou enxergando, a inquietação sobre o que poderia ser feito de forma diferente para melhorar nossa performance em um cenário tão desafiador.
6-Na sua opinião, qual é a principal habilidade que todo executivo de licenciamento deve ter para ter sucesso?
Pessoas! Ninguém faz nada sozinho, e o executivo precisa querer entender, se preocupar e ouvir seu time e clientes. No fim das contas, não importa quão grande é o projeto ou o contrato, sempre será sobre pessoas.
7-Qual foi o melhor conselho que você já recebeu ou qual é a sua frase favorita?
Gosto muito da forma como fui ensinado, desde pequeno, a pensar e agir. Durante a infância e adolescência, ouvia muito a frase: “Primeiro a obrigação, depois a diversão.” Todos nós temos dias com desafios ou tarefas que nem sempre são as mais prazerosas, e acredito que esse mindset resiliente que aprendi desde cedo é um dos fatores-chave que me ajudam até hoje a fazer o que precisa ser feito, gostando ou não.
8-Qual é o seu case de sucesso favorito no licenciamento?
Meu case de sucesso favorito é aquele momento em que vejo uma criança — ou um fã — usando ou comprando um produto licenciado de uma das marcas que representamos. Essa conexão real é o maior retorno que podemos ter.
9-Se você não estivesse no mercado de licenciamento, o que estaria fazendo agora?
Gosto muito do universo da velocidade e motores — carros e motos — então, provavelmente estaria atuando nesse mercado de alguma forma.
10-O último produto licenciado que comprei foi… ?
Foi a Isabel e Riacho, personagens da Academia Unicórnio que a minha filha pediu de presente.