Quando a telona e as tendências estéticas convergem, o resultado é um blockbuster de beleza e lucro. É o que está acontecendo graças ao “Botox da Barbie”, o tratamento estético do momento que vem ganhando proeminência entre influenciadores e estrelas de Hollywood e que deve muito de sua ascensão ao sucesso bilionário “Barbie”, filme produzido e estrelado por Margot Robbie, atualmente em cartaz nos cinemas de todo o mundo e com uma possível sequência já no forno.
Mas não se trata de nenhuma novidade bizarra de vaidade ou aspiração à estética da boneca. Este procedimento estético, embora tenha ganhado esse apelido glamourizado, tem raízes em benefícios clínicos reais, como o alívio de cefaleia crônica. Renomados médicos americanos que o recomendam a seus pacientes relatam um aumento significativo na demanda desde a estreia do longa, cerca de um mês atrás. No período, o número de pacientes aumentou de quatro a seis para até dez por semana.
A eficácia do tratamento, que envolve injeções de Botox nos músculos do trapézio, vai além do efeito cosmético de alongar o pescoço e reduzir os ombros. A aclamada novidade médica tem sido utilizada também para melhorar a postura, aliviar tensões musculares e contribuir para o tratamento de enxaquecas, trazendo uma confluência interessante entre saúde e beleza.
E seu impacto econômico segue o ritmo de “bem estar”. Nos Estados Unidos, o mercado de toxina botulínica movimentou US$ 4,58 bilhões (R$ 22,6 bilhões) em 2022 e é projetado para crescer até US$ 6,68 bilhões (R$ 32,9 bilhões) em 2030. Seu equivalente brasileiro segue uma trajetória ascendente própria, com previsão de que alcance aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões) em 2023, mais um indicativo do apetite contínuo por procedimentos estéticos no país.
Em termos de cifras, aquelas relacionadas ao hit contemporâneo que catapultou Robbie ao posto de atriz mais bem paga do planeta são igualmente impressionantes: o total global de ingressos da cinebiografia da boneca mais famosa do mundo vendidos deverá superar US$ 1,4 bilhão (R$ 6,9 bilhões) em questão de dias. Se a influência de Barbie no mundo da estética é um indicativo financeiro, eis um indício de catalisador para um mercado em crescimento e transformação.
Distante de ser uma mera modinha efêmera, o tal de “Botox da Barbie” pode ser particularmente interpretado como uma expressão sofisticada do zeitgeist atual, evidenciando que tanto a indústria cinematográfica quanto a estética permanecem como territórios altamente lucrativos nessa nova fase do glamour monetizável.
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Fonte: Uol