Carolina Motta, Analista Financeira da Bromelia Produções
1)Como você entrou no licenciamento (ou como o licenciamento encontrou você)?
Minha entrada no mundo do licenciamento aconteceu quase por acaso. Na época, a empresa estava dando seus primeiros passos em termos de crescimento, e acabei sendo indicada para uma vaga de auxiliar administrativa. Nunca imaginei que essa oportunidade se transformaria em uma jornada de 13 anos. Ao longo desse tempo na Bromelia, fui evoluindo, e hoje posso olhar para trás com orgulho de ter percorrido o caminho até me tornar Analista Financeira, acompanhando de perto a evolução e os desafios do setor.
2)Qual é a sua rotina na posição atual?
Minha rotina no cargo atual envolve uma série de responsabilidades que exigem atenção aos detalhes e organização. Começo o dia cuidando da emissão de notas fiscais dos produtos licenciados, garantindo que tudo esteja em conformidade. Também faço a gestão dos pagamentos e a conciliação financeira, acompanhando as contas a pagar e a receber. Além disso, analiso relatórios financeiros para manter o controle e dar suporte a decisões estratégicas. Cada tarefa exige um olhar atento para os números e processos, o que torna o trabalho bastante dinâmico e essencial para o bom funcionamento da empresa.
3)Qual é a sua maior realização pessoal ou profissional?
Minha maior realização profissional, aconteceu quando conseguimos realizar nossa primeira montagem teatral por meio da Lei de Incentivo. Esse projeto me desafiou a adquirir novos conhecimentos e a me aprimorar em várias áreas, especialmente na organização de documentos e no controle de pagamentos. O grande foco foi garantir que tudo fosse feito de maneira impecável, com uma prestação de contas transparente e precisa. Esse processo foi fundamental não apenas para o sucesso do projeto, mas também para meu crescimento profissional, pois exigiu de mim uma habilidade de adaptação e um aprendizado constante.
4)Quais são as tendências ou mudanças mais significativas que você viu no negócio nos últimos anos?
O setor de licenciamento tem passado por transformações significativas nos últimos anos, e uma das tendências mais marcantes é o crescimento das colaborações entre marcas. Essas collabs inovadoras têm surpreendido o mercado ao unir universos distintos e criar produtos inusitados, despertando a memória afetiva dos consumidores e gerando um forte apelo emocional. Além disso, as redes sociais revolucionaram a forma como as pessoas descobrem e consomem produtos licenciados. Influenciadores desempenham um papel cada vez mais estratégico, validando e amplificando o desejo pelo produto de maneira autêntica e instantânea. Hoje, um lançamento bem posicionado no digital pode se tornar um verdadeiro fenômeno cultural em questão de horas.
5)O que te mantém acordado à noite? Qual é o seu maior desafio atualmente?
Como mãe de um menino de 10 anos com TEA, meu maior desafio é equilibrar maternidade e carreira. Conciliar as demandas do trabalho com as necessidades do meu filho exige organização, resiliência e, acima de tudo, presença. Felizmente, o home office tornou essa jornada um pouco mais leve, permitindo que eu esteja mais próxima dele e participe ativamente no seu desenvolvimento. Ainda assim, é um aprendizado constante, onde cada dia traz novos desafios – e também novas conquistas.
6)Na sua opinião, qual é a principal habilidade que todo executivo de licenciamento deve ter para ter sucesso?
Um executivo de licenciamento de sucesso precisa ter um olhar atento para o futuro, acompanhando as marcas e tendências que começam a ganhar relevância no mercado. Estar à frente significa identificar oportunidades antes que se tornem óbvias, antecipando desejos e comportamentos do consumidor. Além disso, a inovação é essencial – não apenas para criar produtos diferenciados, mas também para explorar nichos e públicos menos tradicionais, ampliando as fronteiras do licenciamento e gerando novas conexões emocionais com os consumidores.
7)Qual foi o melhor conselho que você já recebeu ou qual é a sua frase favorita?
Minha frase preferida vem de um filósofo que admiro muito Friedrich Nietzsche que está em seu livro “Crepúsculo dos Ídolos” – “Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como.”
8)Qual é o seu case de sucesso favorito no licenciamento?
Trabalhando na Bromelia Produções, é impossível não citar o excelente trabalho que a Redibra desenvolve com a marca ‘Galinha Pintadinha’. Trata-se de um case brilhante de licenciamento, que transcendeu o universo infantil para se tornar um verdadeiro fenômeno cultural. A marca não apenas consolidou sua presença em categorias tradicionais como brinquedos, vestuário e higiene pessoal, mas também expandiu sua atuação para diversos outros segmentos, como alimentos, artigos para festas e papelaria, sempre mantendo relevância e encantando novas gerações de pequenos consumidores.
9)Se você não estivesse no mercado de licenciamento, o que estaria fazendo agora?
Se eu não estivesse no mercado de licenciamento, provavelmente estaria envolvida em alguma área criativa e estratégica, onde pudesse conectar marcas, narrativas e público de forma inovadora. Sempre fui fascinada pelo poder das histórias e pela forma como elas impactam as pessoas, então talvez estivesse trabalhando com branding, entretenimento ou até mesmo algo relacionado à psicologia do consumo. Mas, de uma forma ou de outra, acredito que meu caminho sempre me levaria a construir conexões emocionais entre produtos e consumidores.
10)O último produto licenciado que comprei foi… ?
Tudo o que consumo carrega uma memória afetiva e uma conexão emocional. O último produto licenciado que comprei foi uma camiseta dos Aristogatas, da Disney – e basta abrir meu guarda-roupa para encontrar outras peças com esse mesmo encanto, como itens de vestuário da Disney e da Turma da Mônica. São marcas que marcaram minha infância e que seguem presentes no meu dia a dia, mostrando como o licenciamento tem o poder de manter viva essa relação especial entre consumidores e suas histórias favoritas.